(1ª Parte)
A Presença Mágica Eu Sou é a Divindade
Individualizada presente em cada ser humano, e é só pela Adoração a essa
“Presença” e a Completa Obediência da personalidade à sua Direcção, que os
Grandes Mestres têm sido capazes de elevar
e iluminar o corpo físico, purificando-o com a Chama Consumidora.
O segredo é
manter-se em constante Comunicação Íntima com a Presença Eu Sou, o tempo todo, através
do sentimento, de modo que a sua Perfeição seja irradiada através da
consciência externa sem ser desvirtuada pela nossa própria desarmonia e a do
mundo físico que nos rodeia. Foi deste modo que os Mestres Ascensos conseguiram o Completo Domínio sobre
todas as manifestações e finalizaram o trabalho na encarnação física que o
Amado Jesus disse, todos tínhamos de efectuar algum dia.
Os Mestres Ascensos expressam Completa Mestria sobre todas as condições do
mundo físico, porque a Substância e Energia são suas obedientes servidoras, bem
como os Elementos e Poderes da Natureza, porque Eles se tornaram na Plenitude
do Amor Divino. O seu Eterno Trabalho para com a humanidade consiste em
conduzir todos a essa mesma Mestria, que só pode ser atingida pelo esforço
próprio do indivíduo e da Plenitude do Amor.
O Amado Jesus deu o exemplo público da
Ascensão e procurou ensinar o seu significado à humanidade. Algumas vezes
podemos ser Ascensos previamente ou pouco antes da mudança chamada morte, mas
todos devemos efectuá-la desde o lado físico da vida. Se o Cordão Prateado de
Luz é cortado, é impossível iluminar e elevar esse corpo, e deve-se reencarnar
mais uma vez para atingir a Libertação Final a partir do lado físico da
experiência humana. Todas as Ascenções devem ocorrer conscientemente, porque essa
realização a Mestre Ascenso é a Vitória Completa sobre o eu pessoal.
A chamada morte é só uma oportunidade
para o descanso e o reajustamento das faculdades da consciência pessoal, para
liberta-la das discórdias acumuladas e receber um influxo de Luz e Força para
empreender uma nova experiência física. O propósito da encarnação física é
preparar, aperfeiçoar e iluminar o corpo cuja acção vibratória pode ser elevada
até unir-se com o Corpo da Presença Mágica, que o Amado Jesus referiu como a
Túnica Sem Costuras.
No Corpo da
Presença Mágica, que é formado de Pura Substância Electrónica, o indivíduo é livre
de toda a limitação, e por meio duma intensa Devoção a Ela é possível
desencadear o Seu Poder a ponto de ver este Corpo Resplandecente de Substância,
tão Deslumbrante, que a princípio só pode ser olhado por um instante. Por meio
dessa intensa Devoção começa-se a revelar o Domínio Individual Consciente sobre
toda a manifestação, que é o Direito de Nascimento Eterno e o objectivo pelo
qual todos decidimos empreender a jornada através da experiência humana.
Quando um individuo está empenhado em conquistar essa Liberdade, pode
libertar qualquer porção de Luz do seu Corpo Electrónico pelo seu próprio
Comando Consciente, então ele pode controlar toda a manifestação, em qualquer
esfera que deseje expressar-se. Basta
observar como na infância e na juventude o corpo é forte e obediente às
demandas da vida; mas, conforme o passar dos anos, permitimos que os pensamentos
e sentimentos discordantes se expressem, o corpo torna-se incapacitado e o Templo
cai em ruínas por desobedecer à Lei da Vida, que é Amor, Harmonia e Paz.
A discórdia
é um outro nome da desintegração ou morte. Quando a humanidade aprender a viver
de acordo com a Lei do Amor, verificará que tal obediência a livrará da roda do
nascimento e morte. Em seu lugar virá a Felicidade de expandir sempre a
Perfeição que permanece dentro do Amor. Uma Nova Criação Constante surgirá porque
a Vida é Movimento Perpétuo que não descansa nem dorme, porque é e para sempre
será uma Corrente Auto-Sustentada de Perfeição em Expansão com Alegria, Êxtase
e um Desígnio Eternamente Novo em Obediência à Lei do Amor.
O último
inimigo, a morte, terá desaparecido, porque ela não é mais do que um meio de libertar-se
duma roupagem que não pode mais servir para o uso da Perfeição da Vida. Quando
o corpo físico e a personalidade não podem fazer mais esforços conscientes, a
Natureza toma o encargo de dissolver a limitação, de maneira que o indivíduo
possa ter uma nova oportunidade para fazer um outro esforço para o seu benefício.
A dor pela
morte de um ente querido é egoísmo porque retarda o bem maior que o ser poderia
estar desfrutando. O sentimento de perda é uma rebelião contra a acção da Lei
que achou conveniente dar uma outra oportunidade ao ser para descansar e
progredir, porque no Universo nada regride e tudo, não obstante a aparência
temporária, está a mover-se para uma maior Perfeição. A Consciência Divina não
se lamenta, e a consciência humana deve saber que como ninguém pode sair deste
Universo, esse ente querido deve estar em alguma parte melhor que o lugar que
deixou. Se existe o Amor Divino em algum momento e em algum lugar, deve atrair-nos
para o ser que amamos.
No
verdadeiro Amor Divino não há separação. O sentimento de separação não é Amor,
mas é um dos enganos do eu pessoal no qual ele continua a viver, porque não
compreende a natureza da Consciência. Onde está a consciência, ali está o
indivíduo a funcionar, porque o indivíduo é a consciência.
Quando
alguém pensa num ser amado que já morreu, na realidade está nesse momento com
esse ser amado em Corpo Mental Superior. Se o mundo ocidental pudesse
compreender esta Verdade, deixaria tal sofrimento desnecessário e que é apenas
devido ao facto da personalidade sentir e aceitar o corpo como sendo o
indivíduo mesmo, em vez de compreender que o corpo é somente um traje que deveríamos
dominar e exigir uma Obediência Perfeita em qualquer momento.
Quando
amamos realmente alguém, desejamos-lhe felicidade e harmonia. Quando por meio
da morte um indivíduo tem uma oportunidade melhor para uma futura expressão, se
há amor, não deveríamos sentir pesar nem desejar prende-lo quando ele pode ir
avante para ter maior Alivio e Libertação. É a ignorância desta Verdade que
proporciona tal egoísmo que trava a humanidade para expressar e compreender a
Vida, arrastando milhares de seres humanos para o desespero, quando poderiam
viver felizes como a Presença Magna Eu Sou pretende. Tal atitude para com a
vida impede a realização de tudo, torna o indivíduo incapaz e enche-o de lástima
por si mesmo, uma das mais subtis formas com que a força sinistra debilita a
sua resistência e o torna negativo.
O indivíduo
deve permanecer positivo se é que deseja alcançar a Vitória e expressar a Mestria.
A força sinistra que a humanidade gerou emprega este método para impedir que os
aspirantes ganhem a Liberdade usando o Pleno Poder da Divindade, que é seu
desde o Princípio, porque é o Presente do Pai aos seus Filhos.
De todas as
faltas que a humanidade gerou, a lástima de si mesmo é a mais indesculpável, é o
máximo do egoísmo humano, porque por meio dela a atenção da consciência pessoal
é absorvida pelos insignificantes e inúteis desejos humanos, e a Grande,
Gloriosa, Adorável, Omnisciente, Omnipotente Luz da Amada Magna Presença Eu Sou,
que habita sobre o corpo físico, é ignorada enquanto a sua energia está a ser usada
com esta finalidade destrutiva.
A
humanidade não pode ter coisa melhor do que experimenta hoje enquanto não afastar
a sua atenção do eu inferior o tempo suficiente para reconhecer e sentir a
Presença de Deus, a Magna Presença Eu Sou, a Fonte da Vida de todo o indivíduo
e de toda a Manifestação Perfeita.
O pesar é
um colossal egoísmo, não é Amor! A discórdia é egoísmo, não é Amor! A letargia
é egoísmo, não é Amor nem Vida! Estes sentimentos afundam a raça humana na
escravidão porque quebram a resistência do indivíduo, desperdiçando a Energia
da Vida que deveria ser usada para a criação de Beleza, Amor e Perfeição. Esta
escravidão continua porque a consciência pessoal não faz o esforço necessário
para se libertar do domínio do mundo psíquico.
O plano
psíquico ou astral contem apenas as criações geradas pelos pensamentos,
sentimentos e palavras discordantes da consciência pessoal de toda a
humanidade, que tornou tão vinculada a sua própria discórdia, que os Grandes
Mestres Ascensos, por compaixão pela lentidão do desenvolvimento da humanidade
e a miséria da sua degradação, ofereceram-se para tirar as vendas do plano
psíquico e dar à humanidade um novo impulso.
As pessoas
estão entretidas, fascinadas e hipnotizadas pelas várias condições do mundo
psíquico, mas do ponto de vista dos Mestres Ascensos não existe nada bom nem
permanente no astral. É tão perigoso e inseguro como as areias movediças. O
Plano psíquico é a actividade mental e emocional e, a não ser que dali provenha
Perfeição, são uma e a mesma coisa, uma criação da consciência humana, não
contem nada do Cristo, A Luz Cósmica.
O desejo e
a fascinação pelos fenómenos psíquicos é um sentimento muito subtil que prende
a atenção da personalidade afastada do Reconhecimento, Adoração, Comunhão e
Aceitação Permanente da Magna Presença Eu Sou do indivíduo. Prestar atenção às
actividades do plano psíquico esgota as energias e a habilidade necessárias ao
eu pessoal para chegar à Fonte Divina e aí ancorar permanentemente.
É uma
Verdade Eterna que não há nada do Cristo que venha do plano psíquico, apesar de
alguma aparência em contrário, porque a actividade psíquica está sempre a mudar
as suas qualidades, enquanto o Cristo, que é A Luz Eterna, está sempre a
expandir Perfeição, a Qualidade Única, Imutável, Suprema e Imperecível.
É por causa
da atenção e do fascínio pelo plano psíquico ou astral que a humanidade se
assemelha a um grupo de crianças que precisam da ajuda e da Sabedoria dos
Mestres Ascensos para compreender a Luz, que é o único meio de Libertação da obscuridade
e do caos na Terra. A humanidade vive num fascínio tal pelas actividades
externas, que o Reconhecimento consciente do seu Ser Divino foi esquecido. Em
consequência, a Magna Presença Eu Sou que habita no seu Corpo Electrónico foi
totalmente ignorada. Desta maneira, o homem só tem expressado parte do seu Plano
de Vida.
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